Nada exterior a nós, nem acima, nem abaixo, nem adiante ou atrás que nos autorize ou desautorize a viver qualquer experiência que seja. O tempo todo somos nós mesmos, baseados nas percepções que temos, que damos forma e função a absolutamente tudo que acontece em nossas vidas.
Esse processo é eterno e ininterrupto e caminha junto de nós. Esse movimento cria memórias que vamos classificando segundo a percepção que tivemos de cada experiência vivida nessa ou em outra oportunidade que estivemos por aqui.
Só a assimilação no mais profundo da nossa própria experiência é que vai tornar conexão, tudo o que já somos com o Todo Inteligente que é a soma de tudo que existe e do qual somos individuação e não separação como ficou gravado pedagogicamente nas múltiplas expressões e explicações que o tempo nos legou.
Tempo também que só é percebido como fração enquanto estamos olhando e acreditando nas manifestações exteriores a nós que são apenas fruto de todas as criações baseadas numa percepção materialista da natureza perene do Universo.
Um processo tão simples que dá um trabalhão explicar. Tudo está pronto, tudo já existe e só nos resta sentir profundamente essa que é a realidade última do Universo.
A criança interior
Quem é a criança interior senão o nosso banco de memórias. Sim nós temos um banco de memórias, tão antigo quanto a criação e nesse banco de memórias que algumas técnicas humanas chamam de subconsciente, repousam todas as nossas verdades e mentiras baseadas nas crenças que adotamos diante de cada evento.
Significa que cada pessoa, situação e coisa que cruzou nosso caminho, deixou suas impressões, agradáveis ou desagradáveis e que se transformam em facilidade ou dificuldade respectivamente e faz com que acreditemos ou não em cada pequeno detalhe de que é feita a vida. É aquela voz interior que sussurra, logo atrás dos nossos pensamentos, das ideias que nos ocorrem, das reações que percebemos no mundo ao nosso redor.
Perdão
O grande remédio para toda essa dicotomia é o perdão. Só de entendermos que todos e tudo ao nosso redor vivem uma experiência parecida com a nossa e que nenhum de nós sabe o que vai dentro do outro e em que grau estão vivendo o que descrevi acima, já deveria servir de indicativo do que estamos realmente vibrando. Portanto não são eles, mas nós que temos aquela crença guardada e que precisa ser assumida e limpa. Todos os dias, o tempo todo.
Cada vez que nos lembramos de alguém ou algum evento que nos desagrade, ou mesmo quando do nada surge uma sensação qualquer de desconforto é uma oportunidade de limpar a situação.
Isso está gravado no seu subconsciente, na criança interior se assim preferir e precisa ser admitido e conversado, seja em voz alta, seja em silêncio.
Relação eletromagnética
Já falei aqui sobre nossa relação eletromagnética com absolutamente tudo que nos rodeia e nós mesmos. Acontece o tempo todo quer estejamos conscientes disso ou não. Estamos assim, com base no que foi descrito acima, criando um campo vibracional que traz para si, tudo o que emite.
Esse é o grande mistério guardado pelas instituições filosófico-religiosas de todos os tempos, restrito àqueles que se vinculavam a elas e que para o público em geral chegava como "você está orando pouco".
No Ocidente, Jesus passou essas informações ao homem comum e essa foi a maior causa de sua condenação. Os homens comuns não sabiam do que ele falava, mas os representantes das instituições sabiam e nisso viram o perigo de perderem o poder que essa "ligação" exclusiva com Deus lhes oferecia, através de presentes os mais diversos pelas mãos dos que desejavam milagres, sem saberem que cada um é um milagre completo.
Por isso eu disse no primeiro parágrafo: -"Nada exterior a nós, nem acima, nem abaixo, nem adiante ou atrás que nos autorize ou desautorize a viver qualquer experiência que seja. O tempo todo somos nós mesmos, baseados nas percepções que temos, que damos forma e função a absolutamente tudo que acontece em nossas vidas."
O poder é de todos e para uso pessoal, não sobre outras pessoas. E por favor não acredite, a expansão da consciência e do entendimento da vida se dá por exercício e pesquisa continuamente.
